No ano de 2020, em função da pandemia da covid-19, muitas empresas tiveram que antecipar seus planos de entrar no meio digital e, para isso, algumas precisaram investir em inteligência artificial. Essa mudança de cenário levou a um aumento na procura por desenvolvimento de algoritmos cada vez mais sofisticados.
Uma pesquisa de novembro de 2020 realizada pela McKinsey apontou que as empresas estão utilizando a IA com o objetivo principal de gerar valor. Dos 2.395 profissionais de diversas áreas entrevistados para o estudo, aproximadamente 48% afirmaram que suas respectivas empresas investiram em IA em algum setor.
O estudo internacional lançado pelo IEEE (Instituto dos Engenheiros, Eletricistas e Eletrônicos) coloca a Inteligência Artificial e o Machine Learning como as tecnologias com mais chances de expansão em 2021.
Os resultados mostrados por esses institutos são suficientes para nos dar, pelo menos, uma pequena dimensão da força e do potencial que a IA já tem, e que a tecnologia ainda está apenas no começo de toda a sua capacidade.
O Deloitte entrevistou vários executivos e publicou um artigo no final do ano passado, com uma lista de apontamentos do que se esperar para o cenário da IA para o ano de 2021. Alguns deles são:
- As empresas que investiram na tecnologia continuam confiando na capacidade da AI de gerar valor;
- A vantagem dos investidores pioneiros pode deixar de existir em breve;
- Estão entre os principais motivos que levaram as empresas a implementarem a IA: melhorar eficiência e aumentar a diferenciação;
- Os investidores vão consumir cada vez mais a IA, pois agora, vantagem de mercado passou a ser a melhor tecnologia, e não mais somente o fato de tê-la;
- Os riscos da inteligência artificial são reconhecidos por quem investe na tecnologia, porém as medidas para incorporar valores aos algoritmos ainda são precários. Sendo assim, os investidores mais novos poderão se destacar oferecendo algoritmos mais aprofundados.
Diante disso, podemos ter certeza de uma coisa: a inteligência artificial veio para ficar, e estará cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, e não somente no âmbito profissional.
Entretanto, o crescimento desenfreado deu início a um novo debate sobre o futuro da IA: a questão ética. A implementação de valores aos algoritmos tem sido um dos maiores desafios dos programadores das empresas, na tentativa de impedir, ou pelo menos evitar, que a tecnologia venha a trabalhar “para o mal”.
VEJA ALGUNS DOS PRINCIPAIS DESAFIOS DA IA
Embora muitos estudos deem previsões sobre o cenário da Inteligência Artificial, não se sabe precisamente qual é o limite dessa tecnologia – e como todas as invenções do homem, o uso da IA também pode trazer resultados negativos.
A própria gestão dos dados é uma dificuldade enfrentada pelas empresas, já que não se tem controle absoluto da circulação dessas informações e cada vez mais há necessidade de investir em novas ferramentas de softwares para se manter atualizado e não ficar para trás.
Isso leva a outros dois impasses: o primeiro é que, por conta dessa necessidade crescente de possuir a IA com a mais alta tecnologia, ser uma das empresas pioneiras, em breve, não será mais um diferencial, e aumentará a velocidade da corrida.
Já o segundo obstáculo se deve ao fato de que os algoritmos não possuem valores éticos e morais, e portanto, podem acabar sendo utilizados com intenções diferentes daquelas pelos quais foram criados. O empenho das empresas com IA, hoje, é em aperfeiçoar as tecnologias para que os algoritmos possam ser cada vez mais específicos e eficazes.